FMI prevê "longo período" de baixo crescimento da economia mundial
Osaka (Japão), 14 jun (EFE).- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, previu hoje um "longo período de baixo crescimento" para a economia mundial, apesar dos bons dados macroeconômicos do primeiro trimestre.
Em entrevista coletiva concedida ao término da cúpula de ministros de Finanças do Grupo dos Sete Países Mais Desenvolvidos e a Rússia (G8), em Osaka (Japão), Strauss-Kahn indicou que haverá um arrefecimento, embora "não muito profundo".
O diretor-gerente do FMI admitiu, no entanto, que os dados do PIB do primeiro trimestre na Europa, nos Estados Unidos e no Japão foram "melhores que o esperado", mas disse que "o perfil dos próximos meses não variará substancialmente".
Além disso, o diretor da instituição multilateral se referiu na entrevista coletiva ao aumento dos preços dos alimentos e do petróleo, aspectos que praticamente centraram a reunião dos ministros do G8 em Osaka.
Na sua opinião, há razões "de economia real" por trás dessas fortes altas, sobretudo o desequilíbrio entre a oferta e a demanda de matérias-primas.
Ele reconheceu, no entanto, que isso "não é suficiente para explicar" a alta nos preços que, no caso do petróleo, chegaram a duplicar em apenas um ano.
Strauss-Kahn disse que, durante o encontro, alguns ministros de Finanças falaram sobre a possibilidade de os movimentos especulativos serem uma das razões, apesar de só o italiano Giulio Tremonti o ter dito abertamente neste encontro.
A cúpula econômica de Osaka acabou hoje com uma declaração dos membros do G8 (Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Itália, Japão e Rússia) no qual expressam sua preocupação com as pressões inflacionárias derivadas dos altos preços do petróleo e dos alimentos, e com os "ventos contrários" que ameaçam a economia mundial.
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