Rafael Canellas | Economia | 08/11/2010 14h05
O encontro do G-20 em Seul, na Coreia do Sul, nos próximos dias 11 e 12 deve ter como principal pauta a guerra cambial que vem se instaurando entre as principais economias do mundo e os países em desenvolvimento. Na opinião de especialistas ouvidos pelo SRZD, nenhum acordo deve ser fechado na reunião, que terá pela primeira vez a presença de Dilma Rousseff, agora como presidente eleita do Brasil."Cada país vai tentar evitar a supervalorização do seu câmbio, reforçando as críticas aos EUA e a China", disse ao SRZD o economista chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho. Ainda de acordo com o economista, a China é um dos países que podem ajudar na guerra cambial, permitindo mais volatilidade ao iuan, que valoriza pouco e de forma controlada pelo estado.
"Os Estados Unidos também devem sofrer críticas sobre a medida anunciada na semana passada em que o FED (banco central americano) usará US$ 600 bilhões para comprar títulos da dívida americana", afirmou Velho, explicando que a medida injeta moeda na economia americana, o que faz com que o dólar se desvalorize perante a outras moedas.
A estreia de Dilma como presidente eleita em um encontro internacinal também está sendo motivo de muita expectativa. Para o presidente da Câmara de Comércio Americana (Amcham), Robson Barreto, uma das grandes tarefas de Dilma é dar continuidade à popularidade e liderança de Lula no cenário mundial.
Para ele, a presidente eleita, conhecida quando ministra como rígida, terá que ser mais flexível para tentar encontrar um equilíbrio.
"Como presidente de um país, não dá para ser inflexível. O que se espera de Dilma é que ela tente achar um consenso no contexto mundial", contou.
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